Embora dívidas antigas não tenham o poder de negativar o nome do brasileiro, elas não são perdoadas. Descubra o que realmente acontece.
As dívidas são uma realidade para muitos brasileiros, impactando suas finanças e qualidade de vida. Compreender a situação do endividamento e suas consequências é essencial para quem busca uma vida financeira saudável.
Muitos acreditam que débitos antigos, com mais de 5 anos, são perdoados de forma automática. Sendo que, na realidade, não é isso que acontece.
O que acontece com as dívidas antigas? Entenda a lei
O número de brasileiros endividados tem crescido nos últimos anos, refletindo a instabilidade econômica e o aumento do custo de vida. Segundo dados do Banco Central, mais de 70% das famílias brasileiras relataram ter dívidas em 2023.
Esse cenário inclui tanto débitos de curto prazo, como faturas de cartão de crédito, quanto de longo prazo, como financiamentos e empréstimos. A alta taxa de endividamento é preocupante, pois afeta a capacidade das famílias de planejar e investir no futuro.
Principais tipos de endividamentos
Os brasileiros enfrentam diversos tipos de endividamento, cada um com características e desafios específicos. O cartão de crédito é uma das principais fontes de dívida, devido aos altos juros cobrados em caso de atraso no pagamento.
Empréstimos pessoais e consignados também são comuns, oferecendo acesso rápido a recursos, mas com taxas de juros variáveis.
Financiamentos de veículos e imóveis representam endividamento de longo prazo, exigindo planejamento e controle rigoroso para evitar inadimplência.
Além desses, as contas de serviços essenciais, como água, luz e gás, também contribuem para o endividamento quando não pagas em dia.
Dívidas com mais de 5 anos são perdoadas?
Dívidas com mais de cinco anos não são perdoadas, mas deixam de constar nos cadastros de inadimplentes, como SPC e Serasa.
A prescrição ocorre após esse período, conforme o Código Civil, impedindo a cobrança judicial. No entanto, a obrigação de pagar o débito permanece, e o credor ainda pode tentar a cobrança extrajudicial.
A prescrição não elimina o débito, mas apenas limita as ações legais de cobrança, mantendo a dívida ativa no histórico do devedor.
Consequências do endividamento
O endividamento excessivo traz diversas consequências negativas para as famílias. A inadimplência pode levar à restrição de crédito, dificultando o acesso a financiamentos e compras a prazo.
Além disso, o acúmulo de débitos gera estresse e ansiedade, afetando a saúde mental e o bem-estar dos indivíduos. Em casos extremos, pode haver a perda de bens, como veículos e imóveis, devido à falta de pagamento.
A capacidade de poupar e investir também é comprometida, limitando as oportunidades de crescimento e segurança financeira no longo prazo.
Como sair do endividamento? Confira as nossas dicas
Sair do endividamento requer planejamento e disciplina. Veja algumas ações que podem ajudar nesse processo:
- Faça um diagnóstico financeiro: liste todos os débitos, incluindo valores, juros e prazos de pagamento;
- Negocie com credores: busque acordos para reduzir juros e estender prazos;
- Crie um orçamento: defina prioridades e corte gastos desnecessários;
- Considere a portabilidade de crédito: transfira débitos em aberto para instituições com condições mais favoráveis.
Por que você não deve deixar a dívida passar de 5 anos?
Esperar para que suas dívidas prescrevam, ou seja, fazer com que ela não possa mais te negativar, pode parecer uma solução. Contudo, isso traz diversas desvantagens.
Manter uma dívida não paga afeta o histórico financeiro e a reputação do devedor, dificultando futuras negociações de crédito. Além disso, ela continua a crescer com juros e multas, aumentando o valor total a ser pago.
Resolver os débitos de forma proativa demonstra responsabilidade e facilita o acesso a melhores condições de crédito no futuro.
A negociação direta com os credores pode resultar em acordos vantajosos, como descontos e prazos estendidos, evitando maiores complicações.